Tricolor deixa vitória por 2 a 0 escapar e acaba cedendo empate em encontro marcados pelos cartões amarelos e vermelhos

Os palmeirenses vislumbravam 70% de chances de vencerem o "Choque-Rei". Os são-paulinos mostravam satisfação com os 30% restantes. Mas o que se viu na tarde deste domingo, no Palestra Itália, foi a igualdade entre as equipes. O empate em 2 a 2 não chega a ajudar muito as equipes, que brigam para se aproximarem do Grêmio, líder do Campeonato Brasileiro.

Mas o resultado pode ter ganhado contornos diferentes para os dois times. Depois de estar vencendo por 2 a 0, o São Paulo deixou o campo reticente, enquanto os palmeirenses comemoravam o empate heróico dentro de casa.

E no duelo entre os técnicos que mais pontuaram no Brasileiro de pontos corridos, comemora mais Vanderlei Luxemburgo, o vice do ranking, que viu seu time chegar aos 55 pontos, mas cair para o terceiro posto no Nacional, depois da vitória do Cruzeiro sobre o Atlético-MG. Muricy Ramalho, por sua vez, vê seu time estagnar na quarta colocação, com 53 pontos.

Na próxima rodada, o Palmeiras enfrenta o Fluminense, no Rio de Janeiro. Antes disso, a equipe pega o Argentino Juniors, pela Sul-Americana, na quarta-feira. Já o São Paulo encara o Vitória, na quinta-feira, no Morumbi.

Clima tenso, e São Paulo na frente


Até o torcedor mais otimista não poderia imaginar que o jogo fosse tão quente logo de começo. Com menos de 10 minutos de jogo e quando o Palmeiras começava a se assanhar nas jogadas contra o gol de Rogério Ceni, foi o São Paulo que aproveitou melhor a oportunidade que teve.

Em jogada individual, Jean, que nunca havia participado de um “Choque-Rei” com o time profissional, foi derrubado na área por Léo Lima. Na cobrança, Rogério Ceni marcou e colocou o Tricolor na frente, logo aos 6 minutos de jogo.

Logo depois, na saída de bola, confusão entre os jogadores. Tentando proteger a volta o camisa 1 são-paulino, os atletas do Tricolor atrasaram a saída de bola do time da casa. No empurra-empurra, Borges e Diego Souza acabaram sendo expulsos pelo árbitro Sálvio Spinola.

Preocupado em recompor o meio-campo, Luxemburgo optou por sacar o zagueiro Mauricio e promover a entrada do meia Evandro, mudando o esquema para o 4-4-2. Muricy, por sua vez, apenas adiantou o volante Hernanes, sem mexer nas suas peças.

O jogo ganhou em emoção tanto para palmeirenses quanto para são-paulinos. E Rogério Ceni acabou se destacando na partida, com belas defesas. Em uma delas, aos 28 minutos, espalmou um forte chute cruzado de Kléber.

Em outra oportunidade, o arqueiro do Tricolor contou com a sorte para livrar a equipe do empate. Aos 36, o travessão ajudou Rogério a manter a barreira, quando Alex Mineiro cabeceou e ainda viu a bola beijar a linha do gol, mas sem entrar totalmente.

Ao São Paulo, restavam os contragolpes. E foi em um deles que a equipe conseguiu ampliar o placar. Dagoberto, que já tivera um gol anulado corretamente, recebeu na entrada da área, cortou um defensor e bateu no contrapé de Marcos, fazendo 2 a 0, aos 44 minutos.

O reflexo do jogo quente na tarde deste domingo, no Palestra Itália, ficou na súmula do trio de arbitragem. Somente no primeiro tempo, oito cartões foram distribuídos entre palmeirenses e são-paulinos, sendo dois vermelhos -um para cada lado.

Pressão palmeirense e empate

O ambiente quente de primeira etapa prosseguiu no decorrer do jogo. A diferença, porém, foi o número de cartões que diminuiu. Mas o clima de tensão não deixou de existir. Precisando pelo menos empatar o confronto em casa, Luxemburgo logo queimou suas últimas substituições, com as entradas de Pierre e Denílson nas vagas de Léo Lima e Sandro Silva.

Sem mexer no time, o São Paulo seguiu tentando se aproveitar dos contragolpes quando a defesa do Palmeiras se abria, sempre na velocidade de Dagoberto. Mas a torcida tricolor se empolgava mesmo era com as defesas de Rogério Ceni, testado com freqüência pelos atacantes do time da casa.

Em uma das chances perdidas pela equipe de Alex Mineiro e companhia, o camisa 1 do Morumbi não se intimidou com a habilidade de Kléber e saiu para pegar a bola nos pés do atacante do Palmeiras.

Empurrado pelos torcedores, os alviverdes seguiram apostando contra Ceni. E aos 33 minutos conseguiram, enfim, vencer o arqueiro tricolor. Em bela jogada de linha de fundo de Denilson, Kléber foi mais veloz que Zé Luis e apenas empurrou a bola para o fundo das redes do São Paulo.

O empate veio logo em seguida, em cobrança de falta de Leandro. Para azar do time de Muricy, a bola ainda desviou na cabeça de Dagoberto antes de morrer no gol do Tricolor: 2 a 2. O gol foi comemorado com uma verdadeira festa, com direito aos reservas invadindo o gramado para abraçar os titulares.

Ficha técnica:

PALMEIRAS 2 x 2 SÃO PAULO
Marcos, Mauricio (Evandro), Roque Júnior e Gustavo; Élder Granja, Sandro Silva (Denilson), Léo Lima (Pierre), Diego Souza e Leandro; Kléber e Alex Mineiro. Rogério Ceni; Rodrigo, André Dias e Miranda; Zé Luís, Jean, Hernanes, Hugo (Éder Luis) e Jorge Wagner; Dagoberto e Borges.
Técnico: V. Luxemburgo Técnico: M. Ramalho
Gols: Rogério Ceni, aos 6min, e Dagoberto, aos 44min do primeiro tempo. kléber, aos 33min, e Leandro, aos 35min do segundo tempo

Cartões amarelos: Léo Lima, Kléber, Roque Júnior, Gustavo e Élder Granja (P). Dagoberto, Hugo, Rodrigo (SP) . Cartão vermelho: Borges (SP) e Diego Souza e Roque Júnior (P).

Estádio: Palestra Itália. Data: 18/10/2008. Público: 26.676 pagantes Renda: R$769.962,50. Árbitro: Salvio Spinola Fagundes Filho. Auxiliares: Ednílson Corona e Emerson Augusto de Carvalho.

This entry was posted on 19/10/2008 at 13:26 and is filed under . You can follow any responses to this entry through the comments feed .

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